Em tempo de murici, cada um cuide de si.

O murici é uma árvore frutífera da espécie Byrsonima Crassifolia (eita!), que dá uma frutinha redonda e amarela, excelente para suco e sorvete, muito comum na região nordeste. O murici frutifica na estação seca, quando as coisas não estão nada boas para o nordestino. Por isso Euclides da Cunha cunhou a frase que intitula esta postagem.
É também um município da Zona da Mata alogoana, que sofreu horrores com as inundações do ano passado, quando quase metade da cidade foi destruída. Denodadamente seus habitantes vêm reconstruindo seus lares perdidos.
Lá tem um time de futebol, também Murici (seu presidente é um flamenguista fanático), que pela primeira vez jogou pela Copa do Brasil. Justamente contra o Mengão.
A camiseta original do time é listrada horizontalmente de verde e branco. Uma bonita camisa. Depois virou toda verde. Mas o time jogou de branco (branco!). Uma estratégia para caber as propagandas ostentadas pelos jogadores-outdoor. Eram 13 (treze) propagandas! Ninguém conseguiu distinguir nenhuma delas.
Essa descaracterização de camisas de times não é privilégio do valente Murici Futebol Clube. Em cada jogo os times aparecem com uma camisa diferente. Terceiro, quarto, quinto... uniformes são comuns entre todos os times brasileiros.
Tá na hora de se ter mais respeito pelos símbolos dos clubes. Peço apenas uma coisa: respeitem o Manto Sagrado!
Ah! o jogo foi 3 x 0 pro Mengão.

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